quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
Onde me leva sua poeira
Escuto um piano soando o gemido confortável da noite.
Uma rua vazia sem caros e apenas travesti caminhando e um "nóia" de oito anos, desconfortável em seu
cobertor derrubando as baratas da calçada para deitar, mas isso não basta para enfeitar meus
pensamentos noturnos.
Onde me leva aquela pequena janela azul, aberta e luz?
ELA olha e é confortavelmente presente, e as horas desmancham as minhas vontades.
Caminho e sinto minha roupa amassada. Quase não percebo o som das buzinas dos ônibus que passam
vazios nos buracos velhos da cidade. Na praça, uma viatura em baixo de uma árvore em flores espera que
nada roube o sossego da propina que organiza o despertar da ordem.
A noite quase fria e do outro lado um balcão sustenta uma garrafa e seu gargalo.
ELA ainda me move sem força e em lábios para saber o que sou
e onde estou nela. Tudo me perturba e os desejos que não molharam teus pêlos me transforma
em mais uma luz em outro poste neutro com mariposas.
Acho que chego despido para o outro dia.
....
fmaynart
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poesia erótica, solidão e sexo também jogam juntos. boa!
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