o cosmos flutua entre ondas
e o mundo é a criança do meu
sonho e sou eu abstrato sobre
voando as correntes do rio por rir
repetindo arcos e íris notas
perdidas
na orquestra infinita da beleza
idolatria de lírio submersa
sincronia
no parque domingueiro das
catedrais
interiores e todas as cores todos
os sons
todas as bandeiras do lampadário
ondulante
da vida em estupendas
manifestações
eu sou o sapateiro o culto o
escultor
do meu ser da minha pátria sem
fronteiras enjaulada nas
indústrias
da razão universal sigo a
metafísica
sorridente da dúvida e da música
dos sonhos aperto mãos com gesto
altivo e nobre é preciso
acreditar num
sentido da vida renovado por
aquilo
que ainda não é mas faz nascer cromo
somos corpo sem órgãos
de registro do mesmo modo quando
digo vida não se trata do
exterior dos
fatos mas esse centro frágil e
turbulento que as formas não
alcançam
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